O USO DOS REMÉDIOS PARA EMAGRECER E SEUS EFEITOS




Em meio à polêmica que envolve a proibição de alguns remédios para emagrecer, não param de surgir dúvidas sobre o real funcionamento das substâncias proibidas ou que estão na berlinda.
Até o momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém a proibição das drogas dietilpropiona, femproporex e mazindol. Já com relação à sibutramina, que segundo uma pesquisa europeia eleva o risco de infartos e derrames, o impasse continua sem data de encerramento.
Com tantas dúvidas e questões que envolvem os males causados pela ingestão desses medicamentos, vamos falar um pouco dos tipos e efeitos que podem provocar no seu organismo. Vale sempre lembrar que o uso só é recomendado se indicado por um especialista.
REMÉDIOS PARA EMAGRECER
Eles prometem, em pouco tempo, diminuir o apetite, acelerar a queima de gordura e, conseqüentemente, causar o emagrecimento.
Para quem quer diminuir as medidas, parece maravilhoso, quase um milagre! Mas não é bem assim que a coisa funciona.
Existem três classes desses remédios:
A primeira classe é formada pelos anoxerígenos ou catecolaminérgicos, os famosos inibidores de apetite. Eles agem no centro da fome, liberando noradrenalina e diminuindo a vontade de comer. Fazem parte deste grupo a anfepramona, o fenproporex (Desobesi-M) e o mazindol. Sua utilização pode deixar as pessoas mais agitadas. Por isso, não é recomendada para pessoas com problemas psicológicos, como bipolares e depressivos.
Tais remédios realmente tiram o apetite, fazendo com que os usuários cheguem a pular refeições e passem longas horas sem comer. Quando usados adequadamente, eles apresentam poucos efeitos colaterais, mas o abuso pode causar dependência. Os inibidores de apetite são encontrados em farmácias e possuem tarja preta. Portanto, só podem ser manipulados e comprados com prescrição médica.
O segundo grupo estimula a saciedade. Ao invés de liberarem noradrenalina, eles trabalham com a serotonina, como a fluoxetina, por exemplo. Esses componentes trabalham mais com a parte emocional, pois além de funcionarem como antidepressivos, diminuem compulsão, vontade de beliscar, comer doces e carboidratos. São indicados para pessoas muito ansiosas.
O terceiro grupo é o dos bloqueadores de absorção intestinal de gorduras, que são os menos procurados. Eles impedem que o organismo absorva toda a gordura que foi consumida, eliminando-a por meio das fezes. Um exemplo deste medicamento é o Xenical, à base de Orlistat.
Cada tipo de medicação contra obesidade tem efeitos colaterais específicos, que também variam de acordo como metabolismo de cada individuo.
OS EFEITOS            
Os anorexígenos (anfepramona, femproporex, mazindol), podem causar irritabilidade, insônia ou sono superficial, tremores, depressão ou se alternam períodos de estímulo com períodos de depressão, aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. Todos esses efeitos estão ligados ao sistema nervoso e cardiovascular, áreas onde os anorexígenos têm efeito.
Já os sacietógenos, que aumentam a sensação de saciedade, normalmente apresentam efeitos colaterais mais suaves que os anfetamínicos, causando insônia ou sono superficial, agitação, irritabilidade (que não é um sintoma frequente). Mesmo assim a sibutramina, que se enquadra nesse grupo, foi proibida de ser comercializada nos Estados Unidos e na Europa por que os órgãos responsáveis alegaram que o medicamento acelera a frequência cardíaca, provocando arritmias em quem já tem propensão a doenças cardíacas. No Brasil, a sibutramina foi enquadrada na categoria de remédio controlado.
Os inibidores da absorção de gorduras apresentam efeitos colaterais, principalmente, se a ingestão de gorduras for exagerada. É como um sinal vermelho. A pessoa apresentará diarreia com fezes pastosas ou líquidas, podendo até eliminar gotas de gorduras depois de refeições mais pesadas. Por isso, mesmo tomando remédios para emagrecer, é preciso ter uma alimentação balanceada e saudável.
Vale lembrar que os especialistas devem recomendar o uso desses medicamentos apenas aos pacientes com IMC acima de 30 kg/m2 ou acima do IMC 25 kg/m2, quando apresentam também alguma co-morbidade associada à obesidade, como diabetes ou hipertensão

COMO CALCULAR SEU IMC?
O cálculo do IMC é feito dividindo o peso (em quilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado.
Por exemplo, se o seu peso é 80kg e a sua altura é 1,80m, a fórmula para calcular o IMC ficará:
IMC = 80 ÷ 1,802
IMC = 80 ÷ 3,24
IMC = 24,69 
Tabela de IMC segundo a Organização mundial da saúde
Abaixo do peso – abaixo de 18,5
Normal – de 18,6 a 24,9
Sobrepeso (pré-obesidade) – de 25 a 29,9
Obesidade leve- 30 a 34,9
Obesidade moderada – 35 a 39,9
Obesidade grave ou mórbida – acima de 40

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