A personalidade e individualidade ligadas com a forma de se alimentar.

Descubra quais tipos de personalidades que existem e encontre a sua, que pode estar te atrapalhando na forma de se alimentar!


O alimento tem o caráter mais do que unicamente nutritivo ao corpo, nutrem a mente e o espírito. Isso pode ser diretamente comprovado, com os primeiros gestos de uma mãe que amamenta seu filho nos primeiros minutos de vida e o mesmo cria um “vínculo afetivo” com ela. Além disso, associamos alguns sabores e aromas com sensações boas, ruins, prazerosas, com diferentes imagens, memórias etc.
Evoluindo ainda, os alimentos se interligam com nossa forma de viver, assim como a sociedade a qual estamos inseridos e o grupo o qual estamos. Por exemplo, diferentes culturas e diferentes nações se alimentam de formas diferentes na medida em que, mesmo dentro dessas nações, há diversidades alimentares. É só olhar para o Brasil e veremos o acarajé no Nordeste, o arroz carreteiro no Sul, o sanduíche de tacumã com queijo coalho e banana pacovã frita no Norte, a galinhada com pequi no Centro-Oeste ou a moqueca no Sudeste.



Além de todos esses pontos, a personalidade de cada um e o desenvolvimento psicológico, emotivo, afetivo e social também interferem na forma que o indivíduo se alimenta e isso é altamente expresso no que ele pode ou não ter de benefícios diante dessa alimentação.
Entretanto, quando entramos em um meio o qual queremos resultados, sejam eles ligados com a estética, melhora no condicionamento físico, melhora na qualidade de vida ou outro qualquer, devemos deixar alguns desses pontos de lado, ou parcialmente de lado, para nos alimentarmos da forma como temos de nos alimentar, observando os aspectos nutricionais dos alimentos.
Portanto neste artigo, conheceremos alguns tipos de “personalidades para a alimentação” e entenderemos como elas podem ser prejudiciais, e claro, auxiliaremos a corrigi-las.

1- “É eventual”…

Sabe aquela pessoa que faz tudo certo na semana, mas chega no final de semana e esquece tudo, comendo e bebendo feito um porco e se entupindo de porcarias? Pois bem, esse é o tipo de pessoa que segue tudo na maior risca e acha que por isso, os exageros “eventuais” não alterarão seus resultados.






A musculação é grata e muito ingrata ao mesmo tempo. Por exemplo, você necessita perder em torno de 7500Kcal para eliminar 1kg de gordura estocada. Porém, um pedaço de pizza (calabresa com queijo ou quatro queijos) com uma lata de refrigerante de 350ml tem em torno de 620Kcal. Imagine então que, você consuma 10 pedaços de pizza (levando em conta 480Kcal por fatia) e 2 latas de refrigerante, o que não é nada difícil em rodízios ou mesmo em casa. Temos aí incríveis 5040Kcal, praticamente muito mais do que você come diariamente, com um déficit de umas 500Kcal por dia.
E isso, certamente refletirá em seu shape! Então, trocando em outras palavras, não ache que a “eventualidade” não poderá prejudicar seus resultados.
Lógico, não seja também escravo da dieta, mas, saiba quando e como fazer as coisas e, o mais importante: COM MODERAÇÃO!

2- “É ansiedade…”

A ansiedade está grandemente associada com alterações hormonais, também causam sinalizações de fome, especialmente expressas pela ausência e/ou baixa de serotonina. Dessa forma, quando temos supressão de hormônios que estão ligados com a sensação de harmonia e bem-estar e com a liberação de hormônios que estão ligados com transtornos como a ansiedade e outras questões como a adrenalina, a noradrenalina entre outras.
A ansiedade pode ser causada não só pela supressão direta nesses hormônios, mas por hormônios sexuais, por exemplo, a progesterona. Observe que algumas mulheres em seus ciclos de menstruação costumam comer doces na fase de TPM, outras costumam comer doces na fase de gestação. E, óbvio, isso se dá ao fato de que a serotonina é amplamente estimulada por alimentos de origem glicídica.





Complementar a isso, transtornos externos, desatenção e outros podem fazer com que a pessoa coma desenfreadamente.
O primeiro passo para solucionar esse problema é identificar quais estão sendo as causas. Em segundo é ir diretamente à solução delas, temos de solucionar não o problema em si, mas a causa que gera esse problema.
O segundo ponto é observar quando você come por necessidade e quando você come por gula ou ansiedade. Trazendo isso a um meio consciente na mente, ficará muito mais fácil de manter o controle e ver que não vale a pena desperdiçar resultados por minutos de prazer.

3- “É porque tenho questões profissionais…”




Quantas e quantas vezes vemos pessoas sacrificando sua saúde em prol do dinheiro e, depois, tem de correr atrás da saúde gastando todo o dinheiro que conseguiu? E quantas são as vezes que vemos alguém que realmente se preocupe com a saúde quando só consegue pensar em trabalho? Na realidade, é só olharmos a nossa volta, mesmo em praças de alimentação em shoppings e outros lugares e veremos pessoas conectadas em seus smarthphones o tempo todo trabalhando, se quer, dando atenção ao que estão comendo.
Claro, não estamos dizendo que o trabalho não seja algo importante, mas não deve ser mais importante do que sua saúde e do que você mesmo(a).


Muitas pessoas dizem que não tem tempo de comer e/ou de preparar suas refeições porque tem de trabalhar… Muitas pessoas esquecem de comer, porque se perdem no trabalho… Mas, a realidade é que isso é, quase sempre, falta de organização. O que essa pessoa faz em seus tempos vagos? Assiste a novela, assiste o jogo de futebol, vai tomar cerveja com os amigos e esquece a que deveria ser sua prioridade: Sua própria vida!
Por mais que você trabalhe, por mais que você seja alguém esforçado para ter reconhecimento profissional, você não deve abandonar sua saúde, do contrário, nada adiantará.


Organize estratégias para preparar e consumir suas refeições diariamente, pense em alternativas como shakes, barras proteicas, hipercalóricos, entre outros suplementos, e assim vá aliando suas necessidades ao que DE FATO lhe é possível.

4- “É por conta da emoção…”

Não somente a ansiedade, porém outras emoções também estão associadas com o fato de comer desenfreadamente. Existem pessoas que, se estão tristes, comem para afogar as mágoas… Se estão felizes, comem para comemorar… Se estão apreensivas, comem para amenizar a apreensão… E assim vão indo… Comendo, comendo e comendo… Até mesmo quando não tem nada para fazer, arrumam: Comem!
Pessoas assim, normalmente estão associadas com o ganho excessivo de gordura corpórea, entretanto, devemos considerar que além desse fator, outros problemas também podem advir, como desníveis insulínicos, dislipidemias, hipertensão, problemas cardiovasculares, danos oxidativos, supressão do sistema imunológico, controle inadequado dos mecanismos de apetite e assim por diante





Se você se enquadra nesse grupo de pessoas, o primeiro passo é identificar o que é FOME e o que é EMOÇÕES, e saber distingui-las adequadamente. Se você confunde o benefício de se sentir feliz com a comemoração de comer, certamente está utilizando mecanismos totalmente inversos de projeções.
Para pessoas assim, o mais indicado é manter uma dieta regrada em horários. Você saberá quando tem de comer, pois se está seguindo um planejamento com momentos determinados para comer, não terá porque comer em outros momentos, estando feliz, triste, apreensivo ou sentindo qualquer outra coisa.

5- “Só consigo comer fora de casa…”

Pessoas atarefadas, normalmente tem o hábito de realizar suas refeições fora de casa, ou seja, em restaurantes, lanchonetes, bares e etc. Na verdade, por mais que esses lugares até possam fornecer alimentos um pouco mais saudáveis ou equilibrados, você não controla a quantidade das porções que eles colocam no prato, não controla o modo de preparo dos alimentos e nem nada do que é feito lá dentro. Apenas tem a opção de escolher o que mais chega perto do que você tinha de comer naquele instante.
Agora, imaginemos, por exemplo, que 100g de arroz cozido forneça 175Kcal… Isso, considerando seu preparo em água, apenas. Agora, imaginemos que ele seja refogado com uma mísera colher de sopa de óleo… Isso já aumenta 110Kcal na porção, então, já temos 285Kcal. E estamos falando de pouco arroz e o mínimo de óleo. Agora, imagine quando comemos um prato inteiro, com várias preparações, molhos diferentes, alimentos diferentes e assim por diante. Para pessoas que seguem um planejamento alimentar, isso pode ser considerado um crime! Além disso, nem estamos considerando índices de cocção (essa é a importância de pesar alimentos cus), entre outros itens que fazem a diferença na prática.






A melhor forma é preparar suas refeições com antecedência, assim, você está prevenido para quaisquer contratempos que possam ocorrer em seu dia-a-dia.
Que tal reservar um dia na semana, cozinhar todas as suas porções e congelá-las em potinhos diferentes? Depois, é só pegar as refeições de cada dia, colocar em uma bolsa térmica e o problema está solucionado.
Certamente, se você for organizado, se souber fazer as coisas e se tiver dedicação para dedicar-se a si mesmo, os resultados serão refletidos em bem melhor forma.

6- “Eu não levo jeito para cozinhar…”

Muitas pessoas também se alimentam mal pelo fato de não gostarem ou não saberem cozinhar nem mesmo o básico. E isso, envolve tanto homens quanto mulheres, que cada vez mais estão se mantendo longe das cozinhas.
Acontece que todo bodybuilder não precisa ser um chef aperfeiçoado, mas precisa ser um bom cozinheiro, pelo menos. E isso, é questão de prática, não de nascer sabendo. Você vai adquirindo prática, adquirindo formas de fazer o que é mais fácil para você e vai conseguindo preparar sua própria comida.
Depender dos outros ou depender de restaurantes é a pior coisa que você pode fazer. E, por mais que você queira se manter ao máximo longe de uma cozinha, é de lá que sairá todo o seu crescimento e o seu desenvolvimento.






Apesar disso tudo, hoje em dia já existem alguns locais que fornecem refeições saudáveis, dedicados justamente aos públicos de academia. Muito comum lá fora, essas empresas personalizam os alimentos de acordo com as necessidades do cliente e de acordo com o que é de seu agrado. Algumas delas, inclusive, já trabalham com pratos congelados, onde você pode adquirir vários e deixar em seu freezer. Já outras, montam planejamentos alimentares semanais e até entregam na porta da sua casa. O único grande inconveniente é que isso te custará uma bagatela de dinheiro, o que no caso do brasileiro não é nada conveniente na atual situação do país.
Portanto, o melhor mesmo é tentar aos poucos, mesmo que com coisas simples e não deixar de por a mão na massa, ou melhor, não só nas massas, mas nas batatas, nas carnes, nas verduras, frutas, legumes…
Conclusão:
A personalizada está intimamente ligada com a forma a qual você se alimenta. Pessoas que possuem diferente características, normalmente se alimentam de formas diferentes umas das outras, o que até pode ser considerado bom desde que ela saiba manipular os alimentos de acordo com suas necessidades nutricionais.
Muito além da nutrição física, os alimentos proporcionam sensações, sentimentos, promovem recordações, elevam os diferentes estados de humor e podem ser aliados importantes na regulação de alguns deles. Além disso, servem para um pleno desenvolvimento físico, que é totalmente dependente deles.
É importante que você possa ter sua identidade na forma como se alimenta, mas não pode deixar que isso seja superior ao suprimento adequado de suas necessidades, refletindo assim em um melhor corpo e mente.
Boa alimentação!


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