SÍNDROME METABÓLICA

A síndrome metabólica ou plurimetabólica, chamada anteriormente de síndrome X, é caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos e derrames cerebrais), vasculares periféricas e diabetes. Ela tem como base a resistência à ação da insulina, o que obriga o pâncreas a produzir mais esse hormônio. Síndrome metabólica é uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo. Fatores de risco * Intolerância à glicose, caracterizada por glicemia em jejum na faixa de 100 a 125, ou por glicemia entre 140 e 200 após administração de glicose; * Hipertensão arterial; * Níveis altos de colesterol ruins (LDL) e baixos do colesterol bom (HDL); * Aumento dos níveis de triglicérides; * Obesidade, especialmente obesidade central ou periférica que deixa o corpo com o formato de maçã e está associada à presença de gordura visceral; * Ácido úrico elevado; * Microalbuminúria, isto é, eliminação de proteína pela urina; * Fatores pró-trombóticos que favorecem a coagulação do sangue; * Processos inflamatórios (a inflamação da camada interna dos vasos sanguíneos favorece a instalação de doenças cardiovasculares); * Resistência à insulina por causas genéticas. Diagnóstico O diagnóstico leva em conta as características clínicas (presença dos fatores de risco) e dados laboratoriais. Basta a associação de três dos fatores abaixo relacionados para diagnosticar a síndrome metabólica. * Glicemia em jejum oscilando entre 100 e 125, ou entre 140 e 200 depois de ter tomado glicose; * Valores baixos de HDL, o colesterol bom, e elevados de LDL, o mau colesterol; * Níveis aumentados de triglicérides e ácido úrico; * Obesidade central ou periférica determinada pelo índice de massa corpórea (IMC), ou pela medida da circunferência abdominal (nos homens, o valor normal vai até 102 e nas mulheres, até 88), ou pela relação entre as medidas da cintura e do quadril. * Alguns marcadores no sangue, entre eles a proteína C Reativa (PCR), são indicativos da síndrome. Sintomas Praticamente todos os componentes da síndrome são inimigos ocultos porque não provocam sintomas, mas representam fatores de risco para doenças cardiovasculares graves. Tratamento Como a obesidade é o fator que costuma precipitar o aparecimento da síndrome, dieta adequada e atividade física regular são as primeiras medidas necessárias para reverter o quadro. No caso de existirem fatores de risco de difícil controle, a intervenção com medicamentos se torna obrigatória. Recomendações * Passe por avaliação médica e nutricional regularmente, mesmo que não esteja muito acima do peso, para identificar a instalação de possíveis fatores de risco; * Lembre-se de que a síndrome metabólica é uma doença da civilização moderna associada à obesidade. Alimentação inadequada e sedentarismo são os maiores responsáveis pelo aumento de peso. Coma menos e mexa-se mais; * Deixe o carro em casa e caminhe até a padaria ou a banca de revistas. Sempre que possível, use as escadas em vez do elevador. Atividade física não é só a que se pratica nas academias; * Escolha criteriosamente os alimentos que farão parte de sua dieta diária. As dietas do Mediterrâneo, ricas em gorduras não saturadas e com reduzida ingestão de carboidratos, tem-se mostrado eficazes para perder peso; * Evite cigarro e bebidas alcoólicas que, associados aos fatores de risco, agravam muito o quadro da síndrome metabólica.

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